O líder comum evita prescrever eutanásia empresarial para uma operação claudicante da companhia. Por quê? Não é porque ele não consegue ler os números – a visão dele é suficiente clara com os números. Mas é porque ele foi treinado num sistema que recompensa exageradamente a capacidade de “se entender” com outras pessoas.
A Misericórdia pode ajudá-lo a seguir em frente, por enquanto. Mas a misericórdia no lugar errado raramente é misericórdia. Como resultado dessa decisão de coração mole, pessoas brilhantes e capazes são apanhadas numa discriminação obsoleta. Elas se destroem na batalha por uma causa perdida.
A folha padrão de avaliação de desempenho nos lembra de quão afastados estamos nos conceitos das qualidades de que necessitamos em nossos líderes. Ela enfatiza as habilidades auto-suficientes dos políticos da empresa, os quais são incapazes de tomar decisões difíceis, que são na verdade misericordiosas a longo prazo.
“Flexibilidade”, “adaptabilidade”, “dar-se bem com os outros”. Não acredito que essas coisas sejam necessárias hoje em dia se temos que forçar nossas instituições a se adaptarem a nós – que é nosso problema principal.
Por mais de três séculos, os turcos otomanos geraram uma sucessão ininterrupta de líderes capazes. A folha de avaliação de desempenho deles seria mais ou menos assim:
Por favor, observe: Justiça = 100. Se não fosse por isso, eles não teriam sido nada. Poderia eu sugerir que, se você não começar a criar os seus próprios turcos otomanos, eles logo vão começar a assaltar os seus muros!
“Onde há uma empresa de sucesso, alguém tomou alguma vez uma decisão corajosa.”
by Peter Drucker
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